O toque das mãos na massagem

O ator principal de uma massagem: “o toque“. Um tocar instintivo, um deslizar de mãos acariciando a parte dolorida. E hoje, observando as massagens e suas técnicas, e o ato de tocar com amor, o massagear durante o toque , é algo que, com a vida do cotidiano apressado, vem desaparecendo.

As pessoas interagem o tempo todo, mas não mais ou muito pouco se tocam. Pouco a pouco, os seres estão perdendo o hábito de tocar, de como ou quando profundamente tocar. Na realidade, o toque é uma das formas de comunicação, um dos tipos de linguagem dos mais esquecidos. Tocamo-nos quase como embaraçados com o toque, porque a própria palavra foi corrompida pelas assim chamadas pessoas de moral ético-religioso. Elas lhe deram uma coloração e conotação sexual. A palavra se tornou sexualizada e as pessoas se tornaram envergonhadas de se tocar.

Todo mundo está em estado de prevenção e aguarda para não ser tocado a menos que se permita, o que já não é mais comum. Na verdade, posso afirmar, como terapeuta e usuária do ato de tocar, que nem o toque nem a massagem são sexuais (até podem ser, em circunstâncias e locais específicos, e nada contra isso); estou falando dos toques gerados pelo “Amor” e de massagens com toques amorosos. É tudo o que a humanidade carente de afetos necessita.

Quando estou massageando, coloco meu coração na ponta dos dedos e através da energia amorosa de minhas mãos, como se todo o meu ser, toda a minha alma estivesse ali, massageando. Por isso, massagear é entrar em sintonia, sincronizar-se com a energia do corpo de alguém e sentir onde ela (a energia) está faltando, e ser o seu suprimento, sabendo sentir onde o corpo está dolorido, fragmentado, e torná-lo saudável, completo, alinhando todos os espaços de conexão das mãos do terapeuta com o corpo da pessoa.

Ligia da Luz Posser – Editora Besouro Box

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Gerontóloga, Psicoterapêuta, Escritora . . .

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