A Fitoterapia e a Fitocosmetologia – sabedoria milenar
As pinturas para o rosto, as máscaras de beleza e o perfumes existem desde a mais remota antiguidade: os nossos antepassados utilizavam plantas e alimentos para preparar suas receitas de produtos para cuidados pessoais.
A vaidade sempre fez parte da vida do homem que procurou ser mais atraente, mudando a cor da pele, avivando a cor dos lábios, tornando o olhar mais luminoso e o cheiro mais agradável. E dedicou-se principalmente a retardar o aparecimento das marcas da velhice.
As plantas são usinas químicas naturais. Elas produzem substâncias ativas – óleos essenciais, alcaloides, enzimas, ácidos orgânicos, substâncias minerais, mucilagens entre outras -que podem ser utilizadas na saúde e na beleza.
Ao compor uma receita é necessário combinar plantas que tenham afinidade. Existem vegetais que se complementam, tornando a preparação mais eficaz. Este é um princípios basico para receitas de cosméticos naturais.
O homem sempre manteve um estreito relacionamento com a natureza. A utilização de plantas para fins medicinais aparece nos escritos das antigas civilizações egípcias, milhares e milhares de anos antes de Cristo. A história também assinala a importância do imperador chinês Chen-Nong que, por volta de 3.700 a.C., teria redigido o primeiro compêndio sobre fitoterapia, a arte de curar através das plantas.
No Antigo Testamento, Moisés já falava de ervas aromáticas e o rei David canta louvores das plantas e de suas virtudes em seus cânticos e salmos. Existe ainda a citação do Eclesiástico 38,4: “O Senhor produziu da terra os medicamentos; o homem sensato não os desprezará“.
Os gregos e os romanos praticavam a arte de curar. Galeno, apontado como um dos mestres da fitoterapia foi médico do imperador Marco Aurélio, e se especializou na preparação farmacêutica de medicamentos como tinturas, pomadas e misturas.
No século VIII, Carlos Magno deu um novo impulso à utilização das plantas medicinais. Através de um decreto, o imperador exigiu a cultura de importantes ervas nos jardins dos castelos e monastérios. E essa ordem foi seguida sobretudo pelos monges beneditinos.
A partir do século XV, as expedições europeias enviadas às Índias contava, com boticários, com o intuito , não só de atender às populações, mas também de descrever a natureza e origem das plantas e produtos medicinais utilizados em cada região. Descoberto o Brasil, inicia-se em todo o território sul-americno, uma primeira tentativa de inventário de descrição das plantas medicinais da região.
Ao fazer uma retrospectiva do caminho percorrido desde as primeiras receitas conhecidas da época da 6a dinastia egípcia, verifica-se que foi uma longa caminhada que foi se desenvolvendo sempre na mesma direção, sem grandes mudanças. Apenas nos dois últimos séculos surgiram os conhecimentos mais profundos, no sentido de conhecer sua evolução, identificar e isolar os componentes ativos das plantas medicinais e o segredo de sua ação sobre o corpo humano.
Com a invenção da imprensa por Gutemberg, a arte de curar através das plantas medicinais se espalhou ainda mais e os estudos evoluiram. Hoje, a fitoterapia – que recuperou seu justo lugar no arsenal terapêutico moderno – reivindica o título de disciplina científica.
É inegável: as plantas carregam milagres, fontes de saúde, de cura, de beleza, de energia. E quanto mais se estuda sobre elas, mais se comprova que a Mãe Natureza tem uma capacidade infinita de nos fazer bem – um enorme bem – em todos os sentidos.
Até a próxima!
Por: Ala Szerman
Pioneira na implantação da ginástica aeróbica no Brasil . . .
Imagem: Dioscorides De Materia Medica Byzantium 15th century por Wikipedia – Public Domain
-
Buddha Spa participou do Lollapalooza Brasil 2014
Foram dois dias de trabalho intenso para seis massoterapeutas dedicados que atenderam em […]
-
Musculação emagrece?
Uma dúvida geral, ainda mais que muitos afirmam que sim, que musculação emagrece […]
-
Probióticos: desintoxicação, emagrecimento e performance esportiva
Probióticos são bactérias, fungos e outros micro-organismos que existem em todos os outros […]